quinta-feira, 27 de maio de 2010

Como estou... 2

Fiz as sobrancelhas de henna ontem com uma designer. Claro que não ficou natural, mas eu gostei do resultado. Como os “meus cabelos” têm franja, as sobrancelhas ficam menos expostas e assim a combinação é boa.
Há dois dias minha pele está bem sensível, como tem acontecido num certo período entre as aplicações de quimioterapia. Qualquer pressão na pele dói e fica ardendo por um tempo.
Hoje a Lua está cheia.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Café da tarde

Olhem só o meu café da tarde hoje.
Eu chamo de “Café da tarde com Bolo misto de fubá, trigo e pequenos cubos de goiabada cascão, acompanhado de água de coco gelada”.

Foi muito bom!!

Minhas sobrancelhas

Bom, não tem acontecido muita coisa. Aliás, que bom!
A única “queixa” que eu teria a fazer agora é com relação ao formigamento nas extremidades, mãos e principalmente pés. Ontem no Gefa meus dedos estavam dormindo...
Ai, minhas sobrancelhas quase não existem mais. Amanhã vou fazer uma tatuagem de henna para reproduzi-las.
Eu tenho feito maquiagem todas as manhãs, porque é muito chocante me ver assim sem sobrancelhas. Na minha opinião, é o que mais reporta à idéia de que a pessoa faz quimioterapia e está “muito doente”.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alunos queridos...

He he, agora que eu percebi, a minha postagem de ontem foi hoje, nos primeiros minutos dessa sexta-feira!

Hoje, quando abri meu e-mail, depois de um dia inteiro sem Internet, UM DIA INTEIRO, tive uma ótima surpresa, havia 6 comentários para eu moderar, 5 comentários de alunos queridos e um do meu pai, muito querido. Tudo bem que dois comentários eram idênticos, do mesmo aluno e com as mesmas palavras. Não sei como ele conseguiu escrever duas vezes a mesma coisa.
Esses alunos... não imaginam como podem ser amados pelos seus professores.
Meu sonho, como profissional, sempre foi ser professora. Sabem aquelas historinhas do tipo “ah, quando eu era criança gostava mais de brincar de escolinha do que de casinha”, então, comigo era assim mesmo.
Esse sonho me moveu durante toda minha vida escolar e, junto com a religião que aos dezesseis anos eu descobri que sempre foi a minha religião, esse sonho me impulsionou.
Na época do Magistério, quando eu fui professora do Leoni pela vez “número 1” (oi, Leoni!), eu ficava horas antevendo meu nome na lista de aprovados no vestibular. Eu gostava de imaginar isso (tá legal, eu exagerei, não ficava horas imaginando, eu tinha que estudar também!).
E eis que eu me tornei professora de Física. E então fui professora do Leoni pela vez “número 2”.
E eu tenho alunos de mais ou menos 15 anos, desde 2003.
E é muito bom ser professora.
O que agora me faz mais falta são aqueles momentos das “sacadas” durante as aulas, seja porque algum comentário engraçado se tornou oportuno, ou porque o que eu estava ensinando, de repente ficou claro para meus alunos, com uma observação surgida na sala.
E alunos são sempre engraçados e tão intensos. Choram, dão risadas, torcem no Interclasses, apresentam Décadas, com tanta intensidade que eu vibro de emoção, nas apresentações de Décadas eu até choro!! Já no interclasses, tudo bem, é verdade, faz tempo que eu não vou lá torcer pelas turmas...
É isso, eu nasci para ser professora, ou melhor, eu preciso ser professora. Porque eu sou dependente dessa intensidade que os meus alunos possuem, do bom humor, das piadas, do exagero, dos sonhos, da criatividade...
Queridos alunos, quando eu digo “queridos” não é só uma forma de chamá-los, eu realmente os quero muito.

Puxa, quase termino a postagem amanhã.

Hoje

Somente hoje, uma semana depois da quarta sessão, é que eu estou me sentindo bem. Ontem ainda senti dores nos membros, principalmente na perna e nos pés. Mas hoje estou legal, nem penso mais se depois da próxima sessão vou ficar mal de novo. Hoje uma amiga minha do trabalho veio me visitar e foi muito bom, conversamos um tempinho, falamos sobre fé e sobre oração, que é o que me fortalece. Antes que ela fosse embora fiz com que provasse o delicioso bombom de coco ferrero rocher, o melhor bombom do mundo. Depois fiz aquele bolo integral de novo, fui ao Gefa e agora vou dormir.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Feliz aniversário, amor.

Hoje é aniversário do meu amor e eu.... aaaaaaahhhhhh!!!!! Estou muito enjoada! Desde sábado estou assim. Fico até triste com esse enjôo (por “triste” entendam “mal humorada”). Nessas horas fico me perguntando “o que é que eu estou fazendo comigo?”. Fico achando que não vou conseguir fazer outra sessão. Na véspera d’O Dia eu já fico enjoada, comentei isso com a enfermeira e ela disse que tem pacientes que só de vê-las já vomitam!! Que coisa doida!
Ai, ai... então é assim, uma semana mal, uma semana bem, uma semana de consultas e sessão, uma semana mal, uma semana bem... eu acredito que tudo isso vai passar, senão não dava pra segurar as pontas.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Contra náuseas, tome Nausedron. E fique legal.

Tomando Nausedron, que está servindo mesmo para eu não ter náuseas, pois estou bem.
Corrigi alguns erros da postagem de ontem e escrevi mais um pouco na mesma postagem, porque ontem eu estava querendo muito escrever, mas estava cansada.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quarta sessão

Acabamos de chegar do hospital. Estou escrevendo do meu quarto.
Mais um ciclo... O processo da aplicação foi tranquilo, o mais sossegado de todos. Eu até dormi um tempinho.
Peguei resultado de exames de sangue e vimos que estou super bem.
Fiquei pensando hoje nas palavras que mais ouço agora na minha vida: exames, tomografia, quimioterapia, ciclo, convênio, taxol, adrenal, Li Fraumeni, soro, carboplatina, marcadores, febre, pressão, dor... Isso fora as que só passam pela minha cabeça.
Acho que a vida é assim mesmo. Teve a época de vestibular, e agora eu nem uso mais algumas palavras daquele tempo, depois a faculdade, a gravidez e o meu recém nascido, o estágio no colégio e o meu filho pequeno, a minha primeira sala no colégio (Jequitibá) e o meu filho pequeno e de repente me lembraram que nascemos com duas glândulas chamadas supra-renais, descobri que "as coisas" não acontecem só com “os outros” e que eu não considerava um dia precisar tanto da ajuda "dos outros" - foi então que reconheci a grande amiga que é minha cunhada.
E aí, enquanto eu ainda tentava me recolocar no mundo eu conheci o meu amor, ele deu uma folguinha pra minha amiga cunhada e abraçou a minha causa.
Tem meu irmãozinho também (ele já foi meu bebê, mas perdeu o posto mais ou menos aos seus treze anos, para o meu gato Sansão), meu grande irmão... sempre com a gente nas boas e “más” notícias... e ainda tem a função de repassá-las para a família.
Esses são os que fisicamente me acompanham nessa jornada, nas viagens para São Paulo e nas consultas, mas minha irmã e meus pais amados, tias e tios, estão todos na retaguarda e nas orações. Isso sem falar das comidinhas gostosas que meu pai e minha mãe fazem...
E todo mundo que lê minhas postagens me liga ao meu objetivo maior, que é a *cura*, porque se eu escrevo aqui é principalmente para depois ter registrado o que JÁ PASSOU, e quando eu sei que meus amigos estão lendo, eu sinto que estão nessa caminhada comigo. É claro que isso me anima.
Bom, acho que é isso, vou terminar aqui para tomar o chazinho que meu amor me trouxe. Valeu!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Confusão de datas e resultado de tomografia.

Eu escrevi dia 5:
"Ah, ia me esquecendo, o resultado das tomografias sai dia 10, terça-feira que vem.
'E vamos nós de novo, um tanto assustados...'"
...e confusos!!
Dia 10, terça-feira que vem!? Dia 10, hoje, é segunda!! E eu quase perdi a consulta porque enfiei na cabeça que dia 10 era terça. Só ontem à noite eu me toquei, quando recebi a mensagem automática do Hospital me lembrando a consulta.
Eu já estava aqui em São Paulo, na casa da minha sogra e então fiquei por aqui mesmo. E por um acaso eu tinha esquecido minha mala na casa da concunhada, quarta-feira dia 5, com toalha, sabonete e tudo o mais que se precisa para dormir fora de casa. Coincidência??? - Ei, Monalisa (Moscou), lembra-se dessa:
Coincidência...
Bom, então hoje peguei resultado de tomografia e tive consulta com a Dr.a Ana. Digamos que o resultado não foi assim, algo do que se possa falar: "Nossa, que ótimo, está praticamente curada." Mas estou respondendo ao tratamento. Se continuar assim, farei mais sessões além das seis programadas inicialmente. Se na próxima tomografia não houver alteração alguma, então eu terei feito a sexta e última sessão no dia 23 de junho. Que louco, né? Eu achava que seria o contrário, que se nada mudasse, então mais e mais sessões seriam adicionadas.
Eu só não sei se "nada mudar" significa "cura" ou significa "vamos tentar outra coisa"... Na hora da consulta não me ocorreu esta dúvida. Enquanto a médica falava disso, eu ouvia...e... bem... eu não sei o que eu estava pensando. Eu acho que inconscientemente eu não quis fazer A Pergunta. Mas na próxima consulta eu farei.
Eu me queixei das náuseas mais intensas. Ela me recomendou começar com o Nausedron na noite anterior ao tratamento e combinar com o Dramin. Mas também levantou a possibilidade de eu ter contraído uma virose, pois não é comum que as náuseas piorem.
Quinta-feira dia 13 (eu consultei o calendário várias vezes mas, gente, se eu estiver viajando, me avisem!!) farei a quarta sessão. Parece que ontem mesmo eu saí de lá (toda baqueada), da terceira sessão...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Antes de ser mãe...

Como eu cheguei mais cedo de São Paulo, pude assistir a homenagem para o dia das mães na escola do meu filho. Aliás, esse foi o motivo de eu ter pedido para adiantar a consulta e a médica atendeu de pronto – ela me disse que também é mãe.

Eu encontrei uma boa definição para o meu sentimento como mãe:
Pra mim, é isso mesmo.

Hoje: tomografia em São Paulo.

Fui ontem para são Paulo, para poder estar bem cedo no hospital hoje e o mais importante: não pegar metrô, pois assim minha concunhada pode me levar e buscar do hospital.
Cheguei às sete horas e fiquei um tempo tomando água pra encher a bexiga, pois um das tomografias era de bacia e pelve.
A enfermeira me deu água em dois copos de 500ml com várias marcas, eu tinha que tomar uma “marca” a cada 5 mim. Só que a água ia até um nível um pouco acima da primeira marca, só um pouquinho. Perguntei para a enfermeira se aquela quantidade acima da marca correspondia à primeira golada, ela disse que sim, eu comentei “ah, então na primeira eu tomo um pouco menos...” e ela me disse “tem a mesma quantidade, é que o copo é mais largo na borda”.
Mas eu tirei a “prova real” e como eu desconfiava, tinha menos água na primeira golada, aproximadamente 48,52% do que tinha nas demais. Me diverti um tempo fazendo isso.
Depois fui chamada para a sala de preparação, então me lembrei de uma coisa importante, da próxima vez, usar roupas completamente sem metal para fazer os exames de imagem. Se eu não tivesse ido com um jeans bacana e uma blusa com um zíper super fashion, não teria passado o maior frio na sala da tomografia, pois teria ficado com meu moletom confortável e quentinho, ao invés da roupa de não-tecido. O nome já diz tudo: “não-tecido”.
Dessa vez injetaram contraste. Na hora da infusão o corpo reage com um estado febril, muito rápido, mas que percorre todos os membros. Da primeira vez que injetaram esse contraste em mim, eu não sabia que dava esse calorão e tive a impressão de ter feito xixi na “maca” do tomógrafo. O pior é que a enfermeira sacana, quando me levantei, comentou: “ihhh, você fez xixi...” e começou a rir, dizendo que estava brincando...
O exame acabou e então tomei café da manhã no Joinha e fui tentar adiantar minha consulta da tarde com a Oncogenética. Deu certo.
Minha concunhada me buscou no hospital e me levou para a rodoviária.
Tinha um motorista que voltava de carona no ônibus, que foi conversando com o motorista do ônibus e com uns passageiros que estavam na minha frente (eu consegui não ter companhia na viagem). O motorista fazia umas piadinhas muito sem graça e dava risada. Eu fiquei no meu banco rindo da risada dele. Por exemplo, teve uma hora que eles estavam falando de motoqueiros e ele disse: "eles não sabem nada de Física, não sabem que um corpo em movimento tende a continuar em movimento” e riu muito – não riu sozinho porque pelo menos eu ri, da risada dele. Na verdade eu estava gostando desse jogo do cara contar as piadas e rir delas. Eu não sou assim, nem gosto de conversar no ônibus, muito menos contar umas piadas de minha autoria pro ônibus todo ouvir e rir de mim. Eu até ria muito na minha, pra ninguém ver um motivo pra puxar conversa.
Eu me lembrei que me identifico mais com o Raul Seixas na música “Ouro de tolo”, quando ele diz “Ah, mas que sujeito chato sou que não acha nada engraçado, macaco, praia, carro, jornal, tobogã, eu acho tudo isso um saco...".
Por outro lado, eu permito os “toques suaves na alma”.
“Futuros amantes”, as epístolas de Paulo, as constelações, fotografias, abraços, cheiro de dama-da-noite, curry... essas coisas tocam minha alma... mas não me fazem rir.
O meu filho me faz rir. Hoje lembrei de uma vez, quando ele era pequenininho, em que eu o aconselhava a agir de determinada maneira, que ele não aceitava. Eu disse “filho, na minha humilde opinião, você não deve fazer isso...” e ele respondeu : “Ah é? Você tem 'um-mil-de-opinião'?Pois eu tenho dois-mil-de-opinião!!” KKK, até hoje eu rio muito disso.
Tá bom, eu sei: essas coisas de filhos só têm graça para as mães mesmo...
Mas essa é melhor ainda: uma vez eu perguntei pra ele por que ele nunca fala palavrão (o que eu acho ótimo, mas eu não precisei orientá-lo nesse sentido) e ele respondeu “porque eu nunca seria perdoado”.
Tá bom, parei, parei.

Ah, ia me esquecendo, o resultado das tomografias sai dia 10, terça-feira que vem.
“E vamos nós de novo, um tanto assustados...”

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também pode crescer com os toques suaves na alma...

Sexta-feira duas amigas vieram em casa e nós passamos umas duas horas conversando. São professoras, como eu, mas da área de Humanas, gosto bastante delas, são mulheres especiais.
Sábado, no GEFA, montamos o painel para o Dia das Mães. Gostei de como todos fizemos juntos e ficou lindo.
Depois fomos para São Paulo, aniversário do meu cunhado. Tudo estava bem gostoso. Minha concunhada (designação esquisita, prefiro "cunhada") sempre faz tudo com capricho (ô rasgação de seda...), mas sério, tudo com dedicação.
Hoje fomos almoçar com meus pais. Fizeram lasanha, LASANHA!! Estava deliciosa (acabo de descobrir que lasanha se escreve com s, achava que era com z).
Agora há pouco abri meu e-mail e baixei uma apresentação chamada “Escutatória”, vale a pena ler – em silêncio:

Escutatória

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que... não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade...
A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor...
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...
Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos... Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar...
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.
(Rubem Alves)

E terminava com essa frase:
Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também pode crescer com os toques suaves na alma...